Centro de Hematologia e Oncologia lança campanha na luta contra o câncer
de mama
Todos
os anos o mês de outubro começa rosa. A campanha de conscientização e luta
contra o câncer de mama chama a atenção para a doença que somente em 2018 tem
estimativa de 59.700 novos casos no Brasil. “O câncer de mama é o tipo de
câncer mais comum em mulheres em todo o mundo”, destaca o oncologista Célio
Kussumoto, do Centro de Hematologia e Oncologia – C.H.O, de Joinville.
Sabendo
da importância das ações do Outubro Rosa, o C.H.O realiza diversas atividades
durante todo o mês. A campanha “Dê uma paradinha no tempo para cuidar da sua
saúde” reforça a importância do autoexame que dura em média 3 minutos e acelera
o diagnóstico do câncer de mama e aumenta em até 95% as chances de curar a
doença.
“A
prevenção é o melhor remédio e o cuidado deve-se ter todos os dias. Muitos
sabem que a prática de atividade física, alinhada com uma boa alimentação,
ajuda a prevenir o câncer. A informação sobre a doença e o autoexame auxilia na
detecção precoce. Por isso, todas as atividades do Outubro Rosa são
extremamente importantes e necessárias para o combate à doença”, explica
Kussumoto.
“Achei que a morte estava na minha porta”
Ouvir
a confirmação do diagnóstico de câncer de mama não é um momento fácil. “Quando
recebi o diagnóstico pensei que ia morrer, achei que a morte estava na minha
porta”, conta Roberta Maas. Entretanto, pelas filhas, ela resolveu lutar.
“Fiquei de luto comigo mesma, mas aos poucos fui reorganizando meus
pensamentos, fui me reconstruindo. Com tudo o que aconteceu percebi que, de
certa forma, ganhei uma nova chance de viver e tentar ser uma pessoa melhor”,
destaca.
Segundo
Kussumoto, 90% dos tumores são detectados pela própria paciente. “Ao perceber
qualquer alteração na mama a recomendação é procurar o médico. O diagnóstico
precoce faz com que o tratamento seja mais eficaz”, completa. Passar pelo
tratamento do câncer de mama, que muitas vezes inclui quimioterapia e cirurgia
para retirada das mamas, também é um momento sofrido e doloroso não apenas para
a paciente, mas para toda a família.
Desde
que recebeu o diagnóstico em junho de 2017, Janaina Guiguer, 43 anos, realizou
sessões de quimioterapia radioterapia e passou por cirurgia. Ela afirma que o
amor próprio e o carinho das pessoas auxiliam no tratamento. “É preciso saber que todo medo faz parte do
processo de assimilação da doença e da cura. Aos poucos a vida volta ao normal,
só que com uma nova rotina”, diz. “É também um tempo que temos para olharmos
com mais atenção para nós mesmas. É preciso ter cuidado e carinho com nosso
corpo, amá-lo ainda mais. Permitir a fragilidade, mas não ser dominada por ela,
procurar ajuda (terapia ou ombro amigo) para falar dos sentimentos mais
ocultos, das angústias e dos conflitos, que sim, eles aparecem, mas que também
vão desaparecendo quando estamos envolvidos pelo amor de quem está por perto”,
conta.
Tecnologia
a favor do tratamento
Nos
últimos anos, melhorias nas medicações, evoluções no sistema de tratamento e
novas pesquisas sobre o câncer têm apresentado outras formas de se passar pela
doença trazendo menos dificuldades e maior qualidade de vida ao paciente.
Um
dos efeitos colaterais mais temidos especialmente pelas mulheres é a queda do
cabelo. Contudo, uma nova tecnologia vem sendo utilizada simultaneamente às
sessões de quimioterapia diminuindo em até 50% a alopecia durante o tratamento.
A
touca inglesa, sistema criado no Reino Unido, consiste em um equipamento para
resfriamento da cabeça que é usado antes, durante e depois da aplicação da
quimioterapia. Em Santa Catarina a única cidade que têm esse sistema é
Joinville. Uma máquina ligada a uma touca especial, resfria o couro cabeludo do
paciente a uma temperatura entre 18ºC e 22ºC, o que permite a menor absorção
dos fármacos nessa região e, por isso, diminui a queda do cabelo. Por ser um
equipamento médico, estudos garantem a segurança do paciente e a eficácia do
tratamento, sendo o único no Brasil com aprovação da FDA (agência que regula os
medicamentos nos Estados Unidos) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária).
Após
passar pelo tratamento do câncer de mama em 2016, ao saber que a doença voltou
a consultora de RH Claudia Henn Prestini, de 37 anos, ficou muito abalada. Na
época, raspou os cabelos antes mesmo de começarem a cair. Desta vez, as quatro
sessões de quimioterapia estão sendo acompanhadas pelo tratamento da touca
inglesa. “Tem sido bem mais fácil passar por isso, pois ainda vejo meus
cabelos. Estou emocionalmente abalada por conta da doença, mas minha autoestima
permanece”, conta.
A
queda de cabelo causa danos que vão muito além do aspecto visual nos pacientes.
As consequências são graves e estão ligadas diretamente a problemas de
autoestima, depressão e, em alguns casos, até desistência do tratamento.
Para o oncologista do C.H.O, dr Celio Kussumoto, a utilização do sistema de resfriamento é um diferencial durante a quimioterapia. “Passar pelo tratamento com a possibilidade de prevenir ou minimizar a queda dos cabelos é uma mudança que causa impacto. Com a manutenção dos mesmos, especialmente em mulheres, ocorre uma elevação da autoestima e isso auxilia os pacientes a enfrentarem o tratamento”, destaca.
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